Câmara de Apucarana é referência no controle de gastos
Um estudo do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) divulgado neste mês demonstra que a diminuição do número de vereadores não reduziu os gastos das câmaras municipais no Brasil. Pelo contrário, os gastos aumentaram. Para que se tenha uma idéia do que isso representa, em alguns municípios o aumento das despesas, mesmo com a redução no número de vereadores, foi de mais de 40%. O Brasil tinha 60.320 vereadores. Por decisão da Justiça, esse número foi reduzido em 8.445 vagas.
Nesse sentido, a Câmara Municipal de Apucarana/PR, pode ser apresentada como uma referência, pois a redução não ficou no número de vereadores – que caiu de 19 para 11 – mas também atingiu os custos. “Nós gastamos o necessário para manter as despesas da Câmara, que inclusive passou por uma ampla reforma. Seria um desrespeito à população mantermos os gastos nos mesmos índices ou até aumentar se o número de vereadores foi reduzido”, afirma o presidente da Câmara, João Carlos Oliveira. Para ele, com responsabilidade e bom senso, cada presidente pode dar a sua contribuição a fim de melhorar a estrutura e dar mais condições de trabalho aos vereadores.
Durante o ano de 2005 – o exercício de 2006 ainda não está fechado – os vereadores brasileiros consumiram R$ 5,2 bilhões. Em Apucarana, mesmo com a reforma da Câmara e o pagamento de dívidas deixadas pela legislatura passada, João Carlos deve devolver no final do ano mais de R$ 800 mil aos cofres da Prefeitura. É a diferença do que a Prefeitura é obrigada, por lei, a repassar mensalmente ao Legislativo e as despesas que realmente ocorreram. Para que não paire nenhuma dúvida sobre cada centavo que entrou e saiu dos cofres da Câmara, João Carlos realiza, desde o início do seu mandato como presidente, uma prestação mensal de contas. “Hoje, o maior patrimônio da Câmara de Apucarana é a credibilidade. Isso foi alcançado com sacrifício, com trabalho, com transparência e, sobretudo, com respeito ao povo, que nos colocou aqui e é o nosso verdadeiro patrão”, afirma João Carlos.