Produção musical é a maior força da economia cultural brasileira, diz Ministro
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou ontem (7), ao abrir a
primeira edição da Feira Música Brasil, que a produção musical do país
representa a maior força da economia cultural brasileira.
A música, acrescentou, além de um ativo cultural e social, é fator importante de geração de empregos, negócios e divisas.
Gil lembrou que o Brasil é décimo mercado consumidor de música no
mundo: “Temos atualmente um mercado interno fortíssimo, onde a música
brasileira domina 80% do consumo, quando nos países latino-americanos
esse percentual não passa de 5%”.
E que a indústria fonográfica nacional movimentou R$ 650 milhões em
2005, além de ter sido responsável pela exportação de mais de 70
milhões de discos.
Sobre a realização da Feira, o ministro explicou que o objetivo é
facilitar contatos e promover negócios, dentro e fora do país: “A
música brasileira precisava de um ponto de referência, uma reunião de
sua diversificada cadeia produtiva, de uma vitrine”. O encontro,
segundo Gil, inaugura o Programa de Desenvolvimento da Economia da
Cultura (Prodec), que tem orçamento de R$ 13 milhões neste ano para
apoiar a dimensão produtiva das atividades culturais, a partir de ações
voltadas para as áreas de informação, capacitação e promoção de
negócios.
Recife foi a capital escolhida para sediar o encontro porque
"Pernambuco desponta como um dos mais dinâmicos pólos de produção
musical do país, que se torna referência nacional", disse. "Além disso,
também é a terra do frevo, que terá seu centenário celebrado durante a
feira”.
Cursos, debates, conferências, rodadas de negócios e 40 espetáculos
gratuitos no bairro do Recife Antigo estão previstos para a Feira
Música Brasil, até domingo (11).