Casa Brasil vai promover o Brasil na China
Divulgar o Brasil como destino turístico, destacando suas belezas
naturais, sua diversidade, a qualidade de seus produtos e as áreas de
comércio e serviços, difundir programas e projetos que compõem a
política nacional de esporte e lazer e realizar ações de promoção da
candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de
2016. Estes são os objetivos da Casa Brasil, um espaço de 1.000 m2 que
funcionará em Pequim durante os Jogos Olímpicos de 2008.
A
iniciativa foi adotada pela primeira vez em 1996 pelo Comitê Olímpico
Brasileiro (COB) e neste ano conta com o engajamento do governo
federal, sob a coordenação do Ministério do Esporte, e decisiva
participação dos Ministérios do Turismo (por meio da Embratur), da
Cultura, das Relações Exteriores, da Secretaria de Comunicação Social
da Presidência da República (Secom) e da Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos (Apex), vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em uma grande parceria com o COB.
O
lançamento da Casa Brasil aconteceu na tarde desta quinta-feira (24),
no Rio Janeiro, e contou com a presença do ministro do Turismo, Luiz
Barretto; do ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior; do presidente
do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman; da
secretária de Turismo, Esporte e Lazer do Estado, Márcia Lins; do
subsecretário municipal para a candidatura Rio 2016, Cláudio Versiani;
o coordenador da Apex Juarez Leal.
O espaço será montado no
Jianguo Garden Hotel, na principal avenida de Pequim, próximo à Cidade
Proibida e ao hotel oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI), e
terá uma área multimídia com informações sobre o Brasil e o Rio de
Janeiro. Além disso, as coletivas com atletas brasileiros serão
realizadas na Casa Brasil, que contará ainda com locais de apoio e
atendimento ao público-alvo, que são autoridades governamentais
chinesas, organismos internacionais, imprensa nacional e estrangeira,
formadores de opinião, mercado empresarial chinês, mercado turístico e
comunidade esportiva internacional.
Na Casa também será feita
exposição de produtos e serviços do Brasil, com o objetivo de destacar
os segmentos de forte potencial exportador para a região. Dentre os
setores que mais exportaram para a China em 2007, destacam-se os de
máquinas e motores, petróleo, materiais elétricos e eletrônicos e
instrumentos de precisão, que, juntos, representam quase a metade das
importações chinesas.
O presidente do COB destacou que os Jogos
Olímpicos de 2008 representam um novo tempo no esporte brasileiro.
Segundo ele, a parceria firmada com o governo federal para a instalação
da Casa Brasil é apenas o início de muitas outras Casas Brasil que
ainda virão. Ele ainda destacou que o Esporte é o melhor caminho de
relacionamento que existe com o turismo. Esta integração tem sido
demonstrada ao longo de diversas experiências com a realização de
eventos esportivos, afirmou Nuzman. Ele também disse que pelo esporte a
Marca Brasil é transmitida ao mundo naturalmente.
O custo da
Casa Brasil será de R$ 10,450 milhões, sendo R$ 2,5 milhões do
Ministério do Turismo, R$ 3,5 milhões do Ministério do Esporte, R$ 2
milhões do COB, R$ 2 milhões da Apex e R$ 450 mil da Secom. Esses
investimentos dizem respeito a locação do espaço, montagem cenográfica,
operação da Casa por todo o período de funcionamento, serviços de
intérprete e Internet, receptivo, segurança, transporte, produção de
materiais de comunicação e ações de promoção e divulgação. Além disso,
o MTur destinará 450 mil euros à inserção de filmes institucionais
sobre o Brasil no canal Eurosport, principal canal esportivo da Europa,
com transmissão para 59 países.
“A Casa Brasil não será apenas
uma vitrine dos produtos brasileiros, mas um importante espaço de
promoção institucional. A estrutura física foi criada para proporcionar
aos visitantes uma experiência que reflita o diferencial do país,
apresentando o estilo de vida do povo brasileiro”, diz o ministro do
Turismo, Luiz Barretto. Esta será a primeira vez que o governo federal
investirá na Casa Brasil. Em Olimpíadas anteriores, o espaço era apenas
montado pelo COB com objetivo principal de promoção do esporte e apoio
aos atletas.
O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., frisou a
importância da participação decisiva do governo federal nos Jogos de
2008 para o fortalecimento da imagem nacional e a promoção da
candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de
2016: “A Casa Brasil será um grande espaço de promoção não apenas de
destinos turísticos como também de produtos e serviços brasileiros, da
capacidade democrática, da estabilidade econômica e das competências do
País”, pontuou, lembrando que a iniciativa é uma tendência mundial.
“Pelo
menos trinta países terão em Pequim seus espaços, o que o Brasil quer
agora é dar mais um passo para ser inserido afirmativamente no cenário
internacional”, afirmou o ministro do Esporte, referindo-se a países
como Estados Unidos, Canadá, Espanha, Japão, Holanda e Itália. A
presença brasileira mais forte nos Jogos de Pequim demonstra, segundo o
ministro, que o Brasil entrou na candidatura a 2016 para ganhar. “Por
isso, temos de mostrar ao mundo a nossa liderança”, acrescentou,
finalizando ao informar que o presidente da República, Luiz Inácio Lula
da Silva, antecipou sua agenda em Pequim para participar da inauguração
da Casa Brasil.
A Embratur realizará diferentes ações, voltadas
para públicos específicos. Serão quatro seminários "Descubra o Brasil",
que visam atingir o trade turístico local, composto por operadores e
agências de viagem, organizadores de eventos, companhias aéreas e
imprensa especializada. Também será feita a apresentação "Descubra o
Brasil", voltada ao público final, composto por formadores de opinião,
e três visitas guiadas, organizadas por agendamento. Estão previstas,
ainda, ações de marketing para divulgar a marca Brasil nos principais
locais de competições durante os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, para
potencializar a exposição da Marca Brasil, aproveitando a presença de
espectadores de vários países do mundo, além de transmissões de TV e a
cobertura maciça da imprensa internacional.
Também participaram
do evento o secretário nacional para a candidatura Rio 2016, Ricardo
Leyser; o secretário especial do Ministério do Trabalho e Emprego
Antonio Albuquerque; o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e
Restaurantes do Rio, Alexandre Sampaio; o presidente da Associação
Brasileira da Indústria Hoteleira, Álvaro Bezerra; o presidente da
Brazilian International Tourism Operators (Bito), Roberto Dutra; o
vice-presidente da TurisRio, Nilo Sérgio Félix; o diretor do Rio
Convention & Visitors Bureau Paulo Senise; o presidente do Conselho
Federal de Educação Física, Jorge Stenhielber; e a vereadora Patrícia
Amorim.
Turismo - O mercado de turismo emissivo chinês
tem se caracterizado por apresentar um intenso crescimento nos últimos
anos. O número de turistas saltou de 9 milhões, em 1999, para 34,5
milhões em 2006, segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT).
Ainda de acordo com a OMT, a expectativa é que a China se torne o
quarto país emissor de turistas em 2020, ficando atrás apenas de
Alemanha, Japão e EUA.
Desde 2003, Brasil e China têm
intensificado um processo de aproximação que já tem elevado o comércio
entre os dois países em níveis históricos. Em novembro de 2004, os dois
países assinaram o Memorando de Entendimento que inaugurou o
intercâmbio turístico. Atualmente, 52 agências de viagens são
credenciadas para trabalhar o mercado chinês. O acerto dessa iniciativa
pode ser conferido no aumento significativo do fluxo de turistas
chineses para o Brasil. Mais que dobrou o número de visitantes de 2005
(18.017) para 2006 (37.656).
Rio 2016 - Ao conquistar
posição entre as quatro cidades que oficialmente são candidatas às
Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016, o Brasil demonstrou ter capacidade
para organizar grandes eventos esportivos e alcançou repercussão
internacional. Desta maneira, a oportuna instalação da Casa Brasil em
Pequim torna-se importante ferramenta de divulgação da imagem positiva
do país junto às entidades e autoridades que, direta ou indiretamente,
estão inseridas no movimento olímpico e na imprensa internacional,
presentes em peso ao evento do COI.