Senado Cultural e Sesc realizam exposição 'A volta ao mundo em 80 jogos'
O programa Senado Cultural e o Serviço Social do Comércio do Distrito Federal (Sesc-DF) realizam a exposição "A volta ao mundo em 80 jogos", no período de 14 a 31 de julho. O local do evento, o Salão Negro do Senado Federal, estará aberto à visitação todos os dias, de domingo a domingo, das nove da manhã às cinco da tarde. A partir dos quatro anos de idade as pessoas já podem interagir com os jogos, que são divididos nas categorias quebra-cabeças, desafios e jogos de estratégia.
A abertura oficial ocorrerá na próxima terça-feira (14), às 15 horas. O presidente do programa Senado Cultural, senador Marco Maciel (DEM-PE), e o presidente do conselho regional do Sesc, senador Adelmir Santana (DEM-DF), deverão comparecer ao evento.
Uma das estrelas da mostra é o jogo africano Mancala, que tem cerca de 7 mil anos de existência e é considerado o mais antigo do mundo. De acordo com historiadores, teria surgido no Egito, no Vale do Rio Nilo, de onde teria alcançado toda a África e o oriente. Seus tabuleiros mais antigos foram encontrados em escavações no Egito e em Atenas.
O Mancala é apenas um dos 94 jogos que os visitantes conhecerão. São jogos de tabuleiro dos cinco continentes, conhecidos do público ou raros. A história dos jogos tradicionais e de culturas milenares é resgatada na exposição. O objetivo é trazer à memória e levar ao conhecimento dos participantes essas atividades de forma lúdica, pedagógica e interativa.
O acervo faz parte do material resultado de expedições realizadas nos cinco continentes pelo pesquisador Maurício Lima, do Instituto Gerson Sabino/Origem Jogos e Objetos, de Belo Horizonte. O Instituto é uma entidade sem fins lucrativos que incentiva atividades educacionais e culturais ligadas ao universo lúdico. Durante os 18 dias da exposição, monitores especializados vão levar o público a uma viagem pelos cinco continentes por meio dos jogos. A participação não tem limite de idade e a entrada é gratuita.
Jogo da onça
Um dos pontos altos da exposição é o jogo da onça, que teria sido originado no Brasil, mais precisamente na aldeia dos índios bororós, antes da chegada dos portugueses ao país. Ele pode ser jogado no chão, com o tabuleiro traçado na areia. São utilizadas 14 peças representando cachorros e uma que seria a onça. Um dos jogadores, que movimenta a onça, tem o objetivo de capturar os cachorros. O outro, que atua com os cachorros, procura encurralar a onça e deixá-la sem possibilidade de movimentação.
Também fazem parte do acervo da exposição jogos como o xadrez de Bauhaus, criado pela escola de arquitetura alemã; e o xo dou qi, espécie de xadrez japonês. Cada um deles possui particularidades, origem e regras que serão repassadas pelos monitores. Além da mostra, serão ministradas oficinas. Durante as aulas, os participantes poderão confeccionar jogos e aprender um pouco mais sobre a história de cada um deles.Maiores informações sobre a exposição podem ser obtidas com Zenildo (SESC-DF) 3319-4431.