Interlegis presta sua homenagem a drª Zilda Arns

Contando um pouco da história desta grande cidadã brasileira que nos deixou, vitimada pelos terremotos que abalaram o Haiti, o Programa Interlegis presta sua singela homenagem a Drª Zilda Arns Neumann


Há pessoas que vêm a essa vida para distribuir o que tem de melhor . Pessoas que vivem integralmente em prol da felicidade e do bem estar de outras. Pessoas nascidas predestinadas a se doar completamente sem saber quem são e de onde vêm.

 

Uma dessas é a drª Zilda Arns Neumann. Ela estava  no Haiti e  levava um pouco de conforto para um país já tão pobre, tão castigado, e que, de repente sofre um terremoto de grandes proporções, com incontáveis vítimas. Essa catástrofe levou também a grande cidadã, a grande brasileira.

 

Uma vida de dedicação ao próximo

Nascida em Forquilhinha /RS, Drª Zilda Arns veio de uma família religiosa, seu irmão, é o ex arcebispo de São Paulo, cardeal  Dom Paulo Evaristo Arns.

 Formada em medicina, aprofundou-se em saúde pública, visando salvar crianças  da morte, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar. Através de sua multimistura, hoje muito usada conseguiu tirar da desnutrição incontavel numero de crianças e assim contribuir para a redução da mortalidade infantil.

 

Sua experiência fez com que, fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação contra poliomielite, para combater a primeira epidemia, que começou em União da Vitória, no Paraná, criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

A pedido da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil  criou a Pastoral da Criança juntamente com  arcebispo primaz de Salvador/BA , Dom Geraldo Majella Agnello, então presidente da CNBB . No mesmo ano, deu início à experiência a partir de um projeto-piloto, no Paraná.

Após vinte e cinco anos, a pastoral acompanhou 1 816 261 crianças menores de seis anos e 1 407 743 de famílias pobres em 4060 municípios brasileiros. Neste período, mais de 261 962 voluntários levaram solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres, criando condições para que elas se tornem protagonistas de sua própria transformação social.

Muitas crianças atendidas pela pastoral, tiradas da miséria, da violência das ruas hoje  são homens feitos graças a perseverança da Drª Zilda, e sua incansável batalha  em prol da infância brasileira.

 Dra. Zilda Arns foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, em 2006, junto com outras 999 mulheres de todo o mundo selecionadas pelo Projeto 1000 Mulheres, da associação suíça 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz. Também é cidadã honorária de dez estados brasileiros e de trinta e dois municípios e doutora Honoris Causa de várias universidades.