Acessibilidade de portais vai ser tema do 10º EnGITEC

Sites ainda são pouco acessíveis, mas situação pode ser mudada, sustenta palestrante

No Brasil, cerca de 45 milhões de pessoas tem algum tipo de deficiência. Ao mesmo tempo, é o quarto país com mais usuários na web no mundo. Mas menos de 5% dos nossos sites são acessíveis. Estes são dados que Taiane Fernandes, servidora da Câmara de Suzano (SP), vai trazer ao debate durante o 10º Encontro Nacional do Grupo Interlegis de Tecnologia, que será realizado em Brasília, de 19 a 23 de novembro.

Taiane há 10 anos é desenvolvedora web, formada em jornalismo e em tecnologia em Web Designer e membro do Grupo de Trabalho de Acessibilidade do W3C, o consórcio internacional que cria padrões para a web.

Ela vai mostrar o caso da Câmara de Suzano que, preocupada em disponibilizar suas informações para todos, desenvolveu um portal sem barreiras de acesso e, “com isso se tornou o primeiro órgão público do Brasil, fora do município de São Paulo, a receber o selo de acessibilidade digital”:

_ Somos a única Câmara a ser certificada. Em 2016 o portal ficou entre os cinco sites governamentais mais acessíveis do Brasil no Prêmio Web para Todos, ocorrido durante as Paralimpíadas do Rio de Janeiro – disse Taiane.

Segundo ela, a Câmara de Suzano é “um exemplo a ser seguido para que possamos mudar o quadro do número de sites governamentais acessíveis, disponibilizando a todos, sem exceções, informações sobre o Legislativo”. Taiane disse que quer mostrar que “ter um site acessível não é difícil e tampouco gera custos, só é necessário empatia”.